terça-feira, 29 de maio de 2007

A iniciativa empresarial feminina

Ousadia, inovação e empreendedorismo foi a combinação de virtudes que assegurou a Leonor Honorê Viero uma posição de destaque na sociedade cascavelense, que a considerou a primeira empresária modernizadora do município, iniciado em 1952. Nascida em Ponta Grossa a 24 de Fevereiro de 1926, filha de Fritz Waldemar Honorê e Amasília de Campos Lima, Leonor se casou em 1953 com Alfeo Viero, empresário dos transportes rodoviários e desportista, de origem gaúcha. Nesse mesmo ano os Viero decidiram vir morar e trabalhar em Cascavel, provenientes de Guarapuava. Leonor assumiu a gerência comercial da empresa Oeste de transportes coletivos, da qual o marido Alfeo era sócio. A Oeste viria se tornar mais tarde a base da Empresa Princesa dos Campos. “Cascavel na época era uma cidade muito pequena, quase sem recursos, mas já então me sentia atraída por ela. Quando ainda era criança, meu pai falava muito sobre a cidade”. O pai, Fritz Honorê, um dinamarquês encantado com o Paraná, fazia relatos otimistas sobre a realidade e o grande potencial de Cascavel. Ele conhecia bem a região: foi o engenheiro que na comissão do então coronel Mário Tourinho, que viria a ser governador revolucionário do Paraná, elaborou o traçado da estrada que ligou Guarapuava a Foz do Iguaçu. A influência do pai, portanto, pesou na decisão de Leonor e seu marido Alfeo ao escolher Cascavel para fixar residência e iniciar empreendimentos. Leonor era professora primária quando se casou com Alfeo Viero, com quem viria a ter os filhos Alfeo Viero Filho e Loriane. A família já conhecia em Cascavel o pioneiro Dionísio Faé. Depois de sua atuação no setor comercial do transporte rodoviário, Leonor, com a irmã Selma Fagundes, organizou a primeira butique de Cascavel, na rua sete de Setembro.

3 comentários:

Alfeo Viero Filho disse...

Parabéns e obrigado pela iniciativa de divulgar a historia de minha familia que ás vezes se confunde com a propria historia de Cascavel..história esta que ainda esta sendo forjada !!!

Alfeo Viero Filho disse...

No início, utilizando uma bicicleta, ela visitava as clientes de casa em casa para vender as roupas compradas nas mais refinadas lojas de São Paulo.
O negócio prosperou e ela montou a primeira butique da cidade, a lendária Americana Modas, comercializando coleções femininas de grifes famosas e ditando o estilo e o bom gosto que marcaram o vestuário do mulherio cascavelense nas décadas de 70 e 80.
Com a discrição e a elegância de sempre, dona Leonor Honoré Viero nos deixou no último dia 10 de setembro.

ABRIGODESIGN disse...

De origem francesa (Honoré), Leonor Honorê Viero já entrou para os anais da historia da cidade de Cascavel. Com sua contribuição valiosa, fruto de trabalho, coragem e persistência

Desde criança sempre em contato com a história cascavelense em relatos contados por seu pai Fritz Waldemar Honoré, engenheiro que junto à comitiva do então coronel Mario Tourinho elaborou o traçado da estrada que liga Guarapuava a Foz do Iguaçu, talvez por isto escolhesse Cascavel para fixar residência.Veio para Cascavel em 1953 quando a cidade ainda era muito pequena e quase sem recursos, mas ela acreditava em seu desenvolvimento. Alicerçou sua vida no lema “querer é poder”, conseguindo tudo o que se propôs através de muito trabalho, persistência e fé.Concretizou um de seus sonhos no comércio de roupas, pois na época não existia nenhuma loja em Cascavel. Iniciou vendendo roupa a domicilio, utilizando-se de uma bicicleta para visitar os clientes
Em 1976 recebeu o troféu imprensa destaque empresarial Personalidade de Cascavel (e um opala 0 km) entregue por Sergio Chapellen da rede Globo numa pesquisa realizada pela equipe do jornal Folha de São Paulo E em março de 1996, no dia internacional da mulher, o Governo do Estado através do Conselho Estadual da Mulher prestou homenagem às pioneiras da cultura paranaense com destaque para o nome de Leonor Viero, homenageada pelo seu trabalho desbravador
Leonor faleceu em 10 de setembro de 2009 após 170 dis de internamento na UTI decorrente de erro medico em um procedimento equivocado na POLICLINICA CASCACVEL