quinta-feira, 31 de maio de 2007

A bicicleta da moda

A Americana Modas foi uma das empresas representativas da modernização de Cascavel. Leonor comprava as roupas em São Paulo e as promovia em concorridos desfiles de moda, trazendo as principais atrações do eixo Rio–SP. “Como em Cascavel não existia nada em termos de moda, resolvemos abrir a butique Americana Modas”, contou Leonor ao jornal Prisma Cascavel, em 1993. “Por incrível que pareça, as mulheres aqui não conheciam nem o sutiã De Millus, um artigo mais sofisticado. Também trazíamos do Rio e São Paulo os últimos lançamentos da moda. No início, antes de investir na loja, fazia visitas nas casas de minhas clientes com uma bicicleta”. Além de professora, Leonor foi também animadora de programa infantil de rádio e se destacou na comunidade pela prestação de assistência social, antecipando a atual onda de responsabilidade social, no apoio aos dependentes químicos e às crianças órfãs, através do Recanto da Criança, criado pela comunidade sob a liderança do juiz Elio Enor Engelhardt. No Tuiuti Esporte Clube, foi uma das fundadoras do Grêmio das Orquídeas – o departamento feminino do clube. Pelo conjunto de sua participação comunitária, Leonor recebeu homenagem pelo dia Internacional das Mulheres, em março de 1996, em Curitiba, em promoção realizada pela Secretaria de Estado da Cultura, sendo-lhe conferida pela ex-primeira dama do estado, Fanny Lerner, placa comemorativa como Pioneira da Cultura, em evento realizado no Palácio Iguaçu. Seu marido Alfeo Viero nasceu em 24 de agosto de 1922 em Erechim (RS), filho de Julio e Dileta Viero. Eletricista e empresário do transporte rodoviário, montou em Cascavel uma oficina própria. Desportista, foi goleiro do Tuiuti Esporte Clube e também treinador de equipes de futebol, tendo começado como jogador no clube Lobo Solitário, de Guarapuava. Morreu em 17 de novembro de 1983.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Procura-se

Procura- se alguém que saiba entender a alma humana
Que consiga compreender a diferença entre amar, e dizer que ama
Que saiba ouvir e falar no tempo certo
E nunca julgue alguém pela capa que o reveste
Precisa- se urgentemente de alguém que tenha experiencia em bondade,
transborde de boa vontade e que tenha o dom da sinceridade
Que acorde todo dia com um belo sorriso nos lábios, mesmo que o coração esteja
aos prantos.
E que nunca obrigue ninguém a aturar seu mau humor, afinal, problemas todos
têm...
Alguém que respeite às diferenças, que aceite os diferentes talentos e que nunca
discrimine alguém por aquilo que eventualmente é, resolveu ou parece ser.
Uma pessoa sábia, mas tão humilde que nem precise provar a todo instante o teor
de sua sabedoria.
Alguém, que mesmo não entendendo, respeite a opinião do próximo. E que nunca
se sinta absoluto ou superior. Procura- se alguém que não leve a vida tão a sério, mas que faça com seriedade
tudo que se propôr fazer. Ah, e que entenda que “a vida é muito curta para ser
pequena”.
Um ser que consiga olhar nos olhos das pessoas enquanto conversa, e que faça
com que por mais simples que seja o assunto, ele se torne interessante.
Uma pessoa que não faça muitas promessas, mas se fizer, seja capaz de cumpri-
las. Alguém que dê mais valor as intenções e que não se oportunize da boa
vontade alheia.
Que respeite a individualidade, mas que não seja egoísta.
Que tenha sonhos e acredite neles, mas que nunca destrua a magia do que as
outras pessoas sonharem.
BY DENISE
Depois que postei, no dia 23 de maio de 2006 muitas pessoas copiaram, algumas deram créditos e outras não, mas a verdade é que é criação minha, fiz em 2005 pensando nas pessoas que me rodeavam, no que eu gostaria que mudassem... e não adianta, podem garimpar a internet, não vai existir post anterior a esse meu.

terça-feira, 29 de maio de 2007

A iniciativa empresarial feminina

Ousadia, inovação e empreendedorismo foi a combinação de virtudes que assegurou a Leonor Honorê Viero uma posição de destaque na sociedade cascavelense, que a considerou a primeira empresária modernizadora do município, iniciado em 1952. Nascida em Ponta Grossa a 24 de Fevereiro de 1926, filha de Fritz Waldemar Honorê e Amasília de Campos Lima, Leonor se casou em 1953 com Alfeo Viero, empresário dos transportes rodoviários e desportista, de origem gaúcha. Nesse mesmo ano os Viero decidiram vir morar e trabalhar em Cascavel, provenientes de Guarapuava. Leonor assumiu a gerência comercial da empresa Oeste de transportes coletivos, da qual o marido Alfeo era sócio. A Oeste viria se tornar mais tarde a base da Empresa Princesa dos Campos. “Cascavel na época era uma cidade muito pequena, quase sem recursos, mas já então me sentia atraída por ela. Quando ainda era criança, meu pai falava muito sobre a cidade”. O pai, Fritz Honorê, um dinamarquês encantado com o Paraná, fazia relatos otimistas sobre a realidade e o grande potencial de Cascavel. Ele conhecia bem a região: foi o engenheiro que na comissão do então coronel Mário Tourinho, que viria a ser governador revolucionário do Paraná, elaborou o traçado da estrada que ligou Guarapuava a Foz do Iguaçu. A influência do pai, portanto, pesou na decisão de Leonor e seu marido Alfeo ao escolher Cascavel para fixar residência e iniciar empreendimentos. Leonor era professora primária quando se casou com Alfeo Viero, com quem viria a ter os filhos Alfeo Viero Filho e Loriane. A família já conhecia em Cascavel o pioneiro Dionísio Faé. Depois de sua atuação no setor comercial do transporte rodoviário, Leonor, com a irmã Selma Fagundes, organizou a primeira butique de Cascavel, na rua sete de Setembro.